Brazil: New Demonstration "Bolsonaro Out!" (24 July)

 

Report by Corrente Comunista Revolucionária (Brazilian section of RCIT), 26 July 2021, http://elmundosocialista.blogspot.com/

 

 

 

The new demonstration called "Bolsonaro Out!" gathered around 600,000 people in many events held in Brazil and abroad.

 

On the streets, the main flags present were in defense of democracy and in defense of the holding of presidential elections in 2022, threatened by the president himself, against corruption related to the purchase of vaccines by the federal government and for the guarantee of vaccines for all. Statements have been made in honors of the more than 540,000 COVID-19 victims killed so far.

 

The movement gained amplitude with the increase of the number cities where the demonstrations took place and showed how important and massive this mobilization is. In fact, it is already the fourth act since May 29th.

 

In São Paulo, tens of thousands took to the streets calling for the overthrow of President Bolsonaro. All parties on the left were present, as well as trade union federations such as the CUT, CGT, Conlutas, etc. There was a noticeably significant increase in people from humble origins, common workers, most likely from social movements such as the homeless, land occupations, etc. The eminently middle class and union character of the movement is changing, which means a considerable political advance.

 

In São Paulo the demonstration occupied Avenida Paulista, the main meeting point for demonstrations in the city, with around a dozen sound trucks from various parties and social organizations.

 

In addition to all the left-wing parties, the MST, MTST (Homeless Workers Movement), MSTC, Uneafro (Union of Popular Education Centers for Black people) high school and university students, various anti-fascist organized football fans attended, and also anarchists militants.

 

Although the demonstrations were peaceful throughout the country, it was the São Paulo police who suddenly decided to end the act when it was almost over, throwing tear gas at the protesters, an act which rather reflects the aggressive approach of the police against any kind of left-wing demonstrations than any provocations by radicals.

 

Even with the significant presence of the humblest workers, it is worth noting the absence in all of these acts, since the first act on May 29, of the workers' unions in the São Paulo industry, for example, the ABC metallurgists. The tendency is for the next acts to maintain this quantity and quality, however, if there is no adhesion of the working class and a much more significant increase in the public, there is a risk of stagnation or even retrogression and everything will be directed to the purely electoral campaign plan and for the construction of the so-called Frente Ampla – an electoral alliance with traditional right-wing parties aiming at the presidential elections in October 2022.

 

We from the Corrente Comunista Revolucionária-CCR, the Brazilian section of the RCIT, reject the formation of this Frente Ampla with traditional right-wing parties and, on the contrary, we defend a Left Front of Workers. We call for the cancellation of all ultra-neoliberal economic measures of recent years, just as we stated about the previous acts. We can't waste any more time with electoral illusions pointing to 2022. We need to further strengthen street fighting now. To pressure the big left parties for a great mobilization to overthrow the Bonapartist regime of Bolsonaro/Mourão.

 

Brasil: Nova Manifestação "Fora Bolsonaro!" (24 de julho)

 

Relatório da Corrente Comunista Revolucionária (seção brasileira do CCRI/RCIT), 26 de julho de 2021, https://elmundosocialista.blogspot.com

 

 

 

A nova manifestação denominada “Fora Bolsonaro! ” Reuniu cerca de 600 mil pessoas em diversos atos realizados no Brasil e no exterior.

 

Nas ruas, as principais demandas foram em defesa da democracia e em defesa da realização das eleições presidenciais de 2022, ameaçadas pelo próprio presidente, também contra a corrupção relacionada à compra de vacinas pelo governo federal e para a garantia de vacinas para todos. Declarações foram feitas em homenagem às mais de 540.000 vítimas do COVID-19 mortas até agora.

 

O movimento ganhou amplitude com o aumento do número de cidades onde ocorreram as manifestações e mostrou o quão importante e massiva é essa mobilização. Na verdade, já é o quarto ato desde 29 de maio.

 

Em São Paulo, dezenas de milhares foram às ruas pedindo a derrubada do presidente Bolsonaro. Todos os partidos de esquerda estiveram presentes, bem como centrais sindicais como CUT, CGT, Conlutas, etc. Houve um aumento visivelmente significativo de pessoas de origens humildes, trabalhadores comuns, provavelmente de movimentos sociais como os sem-teto, ocupações de terras, etc. O caráter eminentemente de classe média e sindical do movimento está mudando, o que significa um avanço político considerável.

 

Em São Paulo a manifestação ocupou a Avenida Paulista, principal ponto de encontro das manifestações da cidade, com cerca de uma dezena de caminhões de som de diversos partidos e organizações sociais.

 

Além de todos os partidos de esquerda , compareceram o MST, o MTST ( Movimento dos Trabalhadores em Situação de Rua), o MSTC, o Uneafro (União dos Centros de Educação Popular para o povo Negro), estudantes do ensino médio e universitários, diversos torcedores organizados antifascistas e também militantes anarquistas.

 

Embora as manifestações tenham sido pacíficas em todo o país, foi a polícia de São Paulo que repentinamente decidiu encerrar o ato, quando ele estava quase acabando, jogando gás lacrimogêneo nos manifestantes, ato que reflete a postura agressiva da polícia contra qualquer tipo de manifestações de esquerda do que quaisquer provocações de radicais.

 

Mesmo com a presença significativa dos trabalhadores mais humildes, vale destacar a ausência em todos esses atos, desde o primeiro ato, em 29 de maio, dos sindicatos dos trabalhadores da indústria paulista, por exemplo, os metalúrgicos do ABC. A tendência é que os próximos atos mantenham essa quantidade e qualidade, porém, se não houver adesão da classe trabalhadora e um aumento muito mais expressivo do público, corre-se o risco de estagnação ou mesmo retrocesso e tudo será direcionado para o plano de campanha puramente eleitoral e para a construção da chamada Frente Ampla - uma aliança eleitoral com partidos tradicionais de direita com vistas às eleições presidenciais de outubro de 2022.

 

Nós da Corrente Comunista Revolucionária -CCR, seção brasileira do RCIT, rejeitamos a formação desta Frente Ampla com partidos tradicionais de direita e, ao contrário, defendemos uma Frente de Esquerda dos Trabalhadores. Chamamos pelo cancelamento de todas as medidas econômicas ultra-neoliberais dos últimos anos, assim como declaramos nos  os atos anteriores. Não podemos perder mais tempo com ilusões eleitorais apontando para 2022. Precisamos fortalecer ainda mais as lutas de rua agora. Pressionar os grandes partidos de esquerda para uma grande mobilização para derrubar o regime bonapartista de Bolsonaro / Mourão.